Orange is the New...Life?

Assisti, ainda que tardiamente, o que suponho ser a última temporada desta premiada série: Orange is the New Black e surgiram algumas reflexões.

Isso de estar numa prisão é algo muito familiar a todos nós, mesmo que não esteja num nível consciente. Esse seriado é interessante porque intercala cenas da prisão e das detentas fora da prisão, mostrando que o comportamento é igual, dentro e fora.

Ou seja, a prisão está na nossa mente, em nossas atitudes, não no ambiente externo. Somos responsáveis pela realidade que manifestamos e não acordamos pra isso. Continuamos na inércia. Fazendo tudo de novo e de novo de acordo com o que o nosso senhor "ego" acredita.

As mesmas estratégias, as mesmas atitudes, repetidas vezes, que nos levam ao mesmo lugar. Mesmo estando num ambiente diferente, as detentas estão presas num "lugar comum", na zona de conforto que criaram pra vida delas.

E quem nunca, né gente? Como vai a sua vida de presidiário? Está cumprindo a sua rotina na prisão? Cuidado que há guardas (ego) muito rígidos que vão impedir que você faça algo diferente, que saia da "linha". Se algo sai do permitido você leva uma ocorrência, o que pode aumentar a sua pena, e mais tempo vivendo na zona de conforto.

É claro que "rola" uma auto-sabotagem né, galera? Do contrário seria tudo muito fluído, muito "Eu superior". Tem que sofrer, tem que chorar, o mundo repleto de "tem que"pra quem se esforça pra manter a realidade confortavelmente dentro da familiaridade.

Mas um dia, finalmente, vem a liberdade. Quer você queira quer não. É regra do universo. A liberdade e o aprendizado de como lidar com ela. E aí vem a inevitável pergunta, que pode ecoar internamente ou externamente: E agora, o que você irá fazer?