top of page
Buscar
  • Foto do escritorPatrícia NunesTavares

Eu Sou

E o que é a vida, as vidas, existências, experiências, infinitas, repetidas, refletidas na imensidão. Sempre pra sempre. Transformando, transbordando, numeralmente sem presente que sente o que se transforma e retorna e transborda e ressoa, ressonância na abundância encontra eco e resposta. Agora eu sei. Lembra-se o que te contaram algumas existências atrás. Agora eu sei a resposta. Agora eu sei onde está. Sempre esteve. O que tanto procurei. Fechei meus olhos, me fingi de cego e não nego. Menti. Perdoei. Chorei. Não me entreguei. E fui além. Voei.


E transmutei. Não dormi. Me encontrei. Não sei. Talvez. Pode ser. O que se passa em mim pergunto a você? O que habitamos. Habita em comum consonância. Se há relevância, não sei. Mas vim de onde te encontrei. Exatamente na mesma medida. Sem limites e incontida. Infinitamente. Voei. E se dormi não te encontrei. Fugi. Voei. Foi num susto. Talvez um impulso, não quis saber. Desisti por vezes de mim, pensei que de você. Mas finalmente percebi que o que habita em mim está aqui, sempre esteve e sempre estará.


Nunca faltará. Nunca faltou. Sempre sobrou, sempre foi semente. Sempre somente. Voou. Como num sonho. Sussurrou. Acorde, acorde. Num pensamento insano, humano, voou. Agora escrevo o que antes fugia e como a magia é minha, é sua, nossa, não perco a sintonia e vejo tudo o que se revela e se desvela e ajoelha. E como um novelo, descortina e revela o que antes não sabia, hoje é novela. Veja, se podes, se queres, está aí, aqui, ao redor, no mundo espalha por onde se respira e se confirma. Só revela, só desafia, o que se descobre não é o mesmo que descortina.


Quem se encolhe e quem dorme. Não alucina na escuridão, apenas nutre pensamentos, sentimentos de irmão. Vivendo somente fragmentos, impactos de existencias, de experiências, e mentes que se descortinam e alucinam porque se aprisionam e se contentam na finitude. Que se apresenta pra quem se encolhe. O insucesso. A reticência, o abscesso. O retorno. O começo. E como se revela e descortina. Só contamina e só cresce em mim em todos vocês. Em nos três.


E por que 3? Se somos sempre mais. E felizes e fortes. Não aceitamos a morte. Vamos além. Acreditamos no além. Nos jogamos além. E seguimos em frente. E a cada semente que ecoa e encapsula e agora eclode, explode em filamentos de ouro o que se espera de quem supera e vinga. Fortalece a cada existência. Não se encolhe, não consegue, não desgasta se ilumina, se vangloria, se vitimiza e não regozija e retorna. E se encolhe.


E depois me lembro. Que num segundo, num pensamento. Vivi milhares de vidas, que agora se juntam e se misturam, numa dança. E numa dança. Volitam e depois vomitam o que de pior sugam da existência. Cadê a paciência? Por favor, me diga, me alerte. E me acorde, quando preciso for. Se for agora. Só se for agora.


O momento. Me diga. Não esqueça. Abra passagem. Vou seguir viagem. E de tempos em tempos vou retornar e vou sentir. Mas não quero dormir e , se assim for. Por favor, pare o trem agora. Se for agora. Não me importa. Não me revolta. Eu aceito. Pare tudo agora. Eu quero descer. Não vou aguentar. Vai! Viagem que segue: o trem retorna e a viagem continua. Eu sei que não é fácil, mas é necessário. Mais um pouco, aguenta mais um pouco. Não se vá. Não se aquiete. Grite agora! Você merece! Você se esquece daquilo que lhe falei antes de vir. Aconteceu? E pior, morreu. Subiu as paredes. Foi em frente. Sumiu.


Desapereceu. E nem sentiu. Sabia que não era sabiá. Que qual flor desabrocha e se nasce torta, não sabe que tem toda a vida, a eternidade e fica bem à vontade, ao dizer, sem saber: a poesia que aparece e encanta, que qual planta. Não enxerga. Só complementa. Não se queixa. Não se encontra. E dança. Como criança na mesma fonte esquece a ponte para chegar, se aqui é o seu lugar. Não preciso de pontes. Sou fonte. Incessante. Flamejante. Desperta. Repleta. E se converta no que te completa.



0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page